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"Fahrenheit 451" de Ray Bradbury

Olá a todos!

Venho falar-vos do distópico Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Já o queria ler há algum tempo e consegui comprá-lo na Feira do Livro de Lisboa, este ano, por um preço fantástico. 😉




Tinha curiosidade em ler, mas ao mesmo tempo não tinha as expectativas muito altas, o que foi óptimo pois achei o livro fantástico e formidavelmente bem escrito. Lê-se super rápido, a escrita é clara e assertiva

A história desenrola-se à volta da personagem principal, Guy Montag, e da sua evolução enquanto ser RACIONAL




Para vos situar, estamos perante um futuro surreal, onde as casas são totalmente à prova de fogo e os bombeiros servem, não para apagar incêndios, mas para os atear, mais concretamente para queimar livros. Neste cenário, o livre pensamento é totalmente aniquilado e os livros são PROIBIDOS por lei. As pessoas passam o tempo a ver "TV", que manipula e formata as suas mentes.




Montag trabalha há 10 anos como bombeiro julgando que faz o que está certo, até ao dia em que conhece Clarisse, uma jovem adolescente rebelde e de espírito livre que reflecte por si só e não se deixa manipular. Após Clarisse ter questionado Montag se este era feliz, ele começa realmente a pensar no assunto e aos poucos começa a trazer para casa, às escondidas, livros que supostamente devia ter queimado. A sua mulher, Mildred, um ser completamente oco, entra em pânico quando descobre.  Desesperado por aprender, Montag lê e relê os livros mas não consegue compreendê-los.  O seu Capitão, Beatty, desconfiado do desvio de Montag, faz-lhe uma visita e um discurso magnífico, do qual passo a citar a minha parte favorita. "Se não queremos um homem politicamente infeliz, não lhe damos duas respostas e uma pergunta que o preocupem; damos-lhe uma. Melhor ainda, não lhe damos nenhuma. Deixamos que se esqueça que existe uma coisa como a guerra. (...) Temos de dar concursos às pessoas que elas ganhem, recordando as letras das canções mais populares ou os nomes das capitais dos estados ou quanto cereal produziu Iowa no ano passado.Temos de as encher com dados não combustíveis, atravancá-las com tantos «factos» até se sentirem empanturradas, mas absolutamente brilhantes com informação. Então, sentirão que estão a pensar, terão uma sensação de movimento sem se moverem. E ficarão felizes, porque os factos deste tipo não mudam." (Isto soa familiar? Humm..!)




Montag deixa os bombeiros e foge da cidade. Descobre no meio dos campos um grupo de ex-académicos que tentam a todo o custo salvar o conhecimento presente nos livros. O livro termina de forma optimista, o que nos dá uma certa esperança no futuro.




Genialmente bem escrito, o livro prende-nos desde a primeira página. Está assustadoramente actual. É como se fosse uma bofetada de luva branca em todos nós. 👏👏

Claro que teve direito a adaptações para o cinema. Pessoalmente, devo dizer que detestei ambas. 👎 Mas aqui ficam os dois links para os trailers dos filmes:



Espero que tenham gostado. 😉

Para mais informações sobre o livro, clicar aqui.

Boas Leituras! 😉

Até Breve,
Ana C.

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