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"Islâmicos 14:38", de Isaac Jaló

Olá a todos! 

Este livro foi-me gentilmente cedido pelo autor, Isaac Jaló, para que o lesse e escrevesse a minha opinião mais honesta. Aceitei, claro, até porque o tema me interessa bastante, apesar de me ter sentido "intimidada" numa primeira abordagem, pois achei que seria de leitura difícil, mas não podia estar mais enganada.




O objectivo do autor era quebrar alguns tabus que existem em relação a este tema. Sejamos honestos, quantas pessoas não vêem um muçulmano e ficam apavoradas a pensar que é um terrorista? No início do livro, o autor brinca com esta situação, que na verdade tem muito pouco de divertida. O preconceito é real, e pode tornar-se muito perigoso.

"Islâmicos 14:38" mostra-nos um ano da realidade de uma família islâmica a viver em Lisboa, aproximando-nos do real conhecimento da sua fé e cultura. Nele, vivem-se amores e desamores, dramas familiares, rebeldia adolescente, sofrimento, amizade e união. Tantas emoções diferentes num único livro, mas tão familiares da vida de qualquer pessoa.

Começamos por conhecer Safiya, uma adolescente que vive para as redes sociais e para as festas. Safiya tem um irmão mais velho, Umar, que é um mulherengo irresponsável. Os dois irmãos pertencem a uma família bastante abastada, que cai nas "bocas do mundo" quando uma desgraça se abate sobre eles. A parte que descreve este acontecimento é bastante emocionante e empolgante, e não consegui largar o livro de forma alguma, mas achei  que ficou algo por contar no final deste acontecimento. Tive exactamente a mesma sensação em todas situações de igual grau de intensidade. Ou seja, sempre que houve um momento de alguma tensão, pareceu-me que o final foi apressado e houve alguma falta de clareza na forma como o assunto era concluído.

Mas continuando, Umar apaixona-se por uma amiga da irmã, ganha rapidamente maturidade e os dois vivem uma história de amor bonita, mas com muitos dramas e sofrimento pelo meio. É giro testemunhar toda a evolução desta personagem, assim como a evolução da sua irmã Safiya, mas também me pergunto se uma pessoa consegue mudar tanto em tão pouco tempo. Talvez o sofrimento faça isso às pessoas...

Ao longo do livro, vamos oscilando entre momentos de carinho, amizade e amor e momentos de preconceito, intriga e crueldade. Sentimos a angústia das personagens, e a alegria das suas vitórias.

Só mais para o final do livro entendemos o porquê do título, que de início não me pareceu muito "comercial" por motivos, infelizmente, óbvios, mas que no final fará todo o sentido.
O fim da história propriamente dito, foi interessante, mas ao mesmo tempo decepcionante, confesso. E não vos vou dizer o porquê, porque têm de o ler para descobrir. 

Quanto à escrita do autor, é bastante elaborada e elegante, mas de fácil compreensão. O que me desiludiu foi a revisão pois existem inúmeras gralhas ao longo do livro.

No geral, gostei muito e recomendo a leitura para uma compreensão mais clara deste assunto, para erradicar algumas ideias pré-concebidas que muita gente ainda tem, infelizmente.


Espero ter-vos despertado a curiosidade sobre este livro e sobre este tema também.


Para mais informações sobre o livro, clicar aqui.

Boas leituras! 😉

Até Breve,
Ana C.

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