"Meio Sol Amarelo", de Chimamanda Ngozi Adichie
Estreei-me com Chimamanda Ngozi Adichie com este livro (que não pensei ler tão depressa) e fiquei deliciada com a sua escrita.
Tenho ali na estante também "A Cor do Hibisco" que vou querer ler o quanto antes.
"Meio Sol Amarelo" parece-me que não é muito conhecido, pelo menos por cá, como outro livros da autora, mas é tão bom. Recomendo muito.
No inicio não estava a conseguir apreciar a história como seria de esperar, mas aos poucos ficamos tão submersos nas páginas do livro que não conseguimos largá-lo. Demorei um pouco mais a escrever esta opinião porque quando o terminei fiquei sem palavras. Raramente senti isto. Esta dificuldade em descrever um livro, tão incrível e impressionante, como este.
A história é passada durante a década de 60 e relata-nos, através das personagens, a guerra civil ocorrida na segunda metade desta década na Nigéria que, confesso, desconhecia completamente. Só pelo facto desta aprendizagem, o livro já vale a pena.
O livro inicialmente dá-nos a conhecer a história das personagens principais: Ugwu, um jovem criado; Odenigbo e sua esposa, Olanna, ambos professores; Kainene, irmã gémea de Olanna e empresária de sucesso; e Richard, um escritor inglês que se apaixona por Kainene. A história é-nos contada alternando o passado e o presente, o que achei interessante.
Ao longo de muitas páginas é-nos relatado os dramas familiares e amorosos destas cinco personagens. Confesso, que desde o inicio me interessei mais pela breve história de Ugwu, que vinha de uma tribo pobre e estava a começar a entrar na puberdade com todos os desejos e fantasias que isso implica. As histórias das restantes personagens não me pareceram extraordinárias, numa primeira análise.
Pelo que me foi dito, esperava um livro mais intenso, e isso não estava a acontecer, até que a guerra explode e entramos num universo diferente, duro. O sofrimento, a fome, os abusos e a morte estão constantemente presentes. A guerra Nigéria-Biafra, de 67-70, trouxe aos sobreviventes uma dor e um vazio inexplicáveis e inimagináveis para quem nunca esteva próximo sequer dessa realidade. Esta mudança de cenário fez uma diferença gigantesca na minha opinião sobre o livro.
Chimamanda mostrou, com perícia, que se pode falar de guerra e mostrar às pessoas o quão gratas devem estar por viver em Paz. Além disso, ela criou um enredo que leva o leitor ao limite. Por diversas vezes tive de pausar a leitura para digerir o que tinha acabado de ler.
Existe também um filme baseado nesta obra:
Ao longo de muitas páginas é-nos relatado os dramas familiares e amorosos destas cinco personagens. Confesso, que desde o inicio me interessei mais pela breve história de Ugwu, que vinha de uma tribo pobre e estava a começar a entrar na puberdade com todos os desejos e fantasias que isso implica. As histórias das restantes personagens não me pareceram extraordinárias, numa primeira análise.
Pelo que me foi dito, esperava um livro mais intenso, e isso não estava a acontecer, até que a guerra explode e entramos num universo diferente, duro. O sofrimento, a fome, os abusos e a morte estão constantemente presentes. A guerra Nigéria-Biafra, de 67-70, trouxe aos sobreviventes uma dor e um vazio inexplicáveis e inimagináveis para quem nunca esteva próximo sequer dessa realidade. Esta mudança de cenário fez uma diferença gigantesca na minha opinião sobre o livro.
Chimamanda mostrou, com perícia, que se pode falar de guerra e mostrar às pessoas o quão gratas devem estar por viver em Paz. Além disso, ela criou um enredo que leva o leitor ao limite. Por diversas vezes tive de pausar a leitura para digerir o que tinha acabado de ler.
Recomendo muito, muito este livro. Leiam!
Existe também um filme baseado nesta obra:
Chimamanda Ngozi Adichie, Nigéria (1977)
Título Original: "Half of a Yellow Sun"
Data da primeira edição: 2006
Boas leituras! 😉
Até Breve,
Ana C.
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