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"Madame Bovary", de Gustave Flaubert

Por ser considerado um dos grandes romances da Literatura Universal, "Madame Bovary" já andava na minha mira há algum tempo. No Outono passado decidi finalmente começar esta maravilha e agora deixo aqui alguns pensamentos obre a minha leitura.




Emma Bovary, ou Madame Bovary, é casada com Charles, um médico que conhece após o seu pai ter partido uma perna. Antes de casar, Emma cuidava do pai viúvo e entretinha-se a ler romances e a imaginar para si própria uma história de amor arrebatadora. Após casar com Charles, percebe que a sua vida doméstica é terrivelmente aborrecida, o marido trabalha e não lhe dá a atenção nem o entusiasmo que ela sonhou. Emma torna-se melancólica e deprimida mas continua a sonhar com o romance e a paixão que lhe faltam na vida, até conhecer um homem que mudará a sua vida.


Emma é uma mulher apaixonada e intensa, mas também meio louca, irresponsável e fria para com a família, principalmente para com a filha, pobre criatura inocente e negligenciada. Charles ama a mulher, mas falta-lhe carácter, personalidade e alguma esperteza. Achei-o fraco. Claro, Emma, insatisfeita coma sua vida, tenta encontrar essas características noutros homens, mas será que encontra?

Para mim, os problemas da família Bovary começam e acabam principalmente com os diversos erros que Emma comete, e com a fraqueza de Charles, claro. Poderia afirmar que uma mulher francesa do século XIX que corre atrás dos sonhos e do que a faz feliz é um poderoso simbolismo para o feminismo, mas talvez não seja bem assim. Na minha opinião, Emma só pensa nela e nos seus sentimentos, nada mais lhe importa. Julgo que apenas ama a si própria. Não gostei dela. Charles também não é perfeito, está longe disso, e a sua negligência para com a família arrasta-os para um buraco negro.


Quanto à escrita, achei-a demasiado descritiva, e por vezes eu própria me aborreci terrivelmente. Teve momentos entusiasmantes, mas no geral achei muito enfadonho.


Entendo que na altura da publicação tenha sido um livro muito excitante. G. Flaubert teve até alguns problemas com a justiça. Abordar um tema tabu como o adultério, em meados do séc. XIX, em França, foi um acto de coragem que lhe deu valentes dores de cabeça, mas que o fez tornar-se num dos autores mais respeitados até hoje. Os leitores da época devem ter achado esta leitura bastante excitante e emocionante. Pessoalmente, não achei.


Existem várias adaptações cinematográficas, deixo-vos a de 2014:



Gustave Flaubert, França (1821-1880)
Título Original: "Madame Bovary"
Data da primeira edição: 1856


Para mais informações sobre o livro, clicar aqui.


Boas leituras! 😉


Até Breve,

Ana C.


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