"The Hobbit", de J. R. R.Tolkien
Tinham-me dito para ler primeiro "O Hobbit" e só depois ler a trilogia "O Senhor do Anéis". Eu fiz o oposto, apenas por mera conveniência, uma vez que não tinha "O Hobbit" ainda cá em casa. Após ler a trilogia, fiquei fã, rendida aos mistérios da Terra Média.
Este ano, decidi que não podia adiar mais a leitura deste livro.
Tudo começa quando a tranquilidade da vida de Bilbo Baggins, o nosso hobbit (criatura simples, calma, caseira e que adora comer e beber) é interrompida por um grupo de 13 anões e Gandalf, o feiticeiro, que entram de rompante em casa do nosso herói sem explicações iniciais, comendo e bebendo e cantando, como se numa festa estivessem. Mas esta visita inesperada tinha um objetivo. Pretendia-se que Bilbo os acompanhasse numa aventura épica, para destruir o terrível dragão Smaug que tinha, em tempos, roubado a casa e o tesouro aos anões.
Bilbo não tinha qualquer vontade de fazer parte desta expedição perigosa, mas o orgulho fê-lo aceitar.
Acompanhamos estes viajantes por aventuras e perigos constates e ficamos com o coração acelerado diversas vezes. É difícil largar o livro e quando o fazemos é difícil pensar noutra coisa.
Adorei Bilbo e a sua clara transformação ao longo da história. Apesar de diversas vezes se ter lamentado com saudade da sua casa no Shire (se tivesse uma casa no Shire também não ia querer sair de lá) e ter manifestado quase uma vontade de nunca ter saído de casa, foi evoluindo e crescendo. Tornou-se a cada ocasião mais confiante e corajoso, até que se tornou num líder para os anões. Mas por vezes via-me a confundi-lo com Frodo, (que não entra neste livro). Ambos são retirados de repente da tranquilidade das suas casas e suas vidas, e vêem-se metidos numa grande aventura perigosa.
Gostei muito também da cena em que Bilbo se encontra com Gollum, e toda a interação que os dois têm, que acaba de facto sem um ponto final, o que nos indica que haverá continuação nesta história (e que continuação...)
Achei os anões criaturas desconfiadas, orgulhosas mas honestas, apesar da ganância do seu Rei. Distingui-os muito dificilmente, pois tinham nomes e características idênticos, salvo raras exceções.
A escrita é simples, com algumas descrições mas bastante fluída. Comparando com "O Senhor dos Anéis" é bastante menos descritiva.
Por ter uma escrita simples e juvenil e ao mesmo tempo ter uma história e mensagem profundas, aconselho este livro a toda a gente, independentemente da idade ou género de eleição. Acho mesmo que é um livro para todo os gostos.
Adorava que alguma editora portuguesa voltasse a pegar nestes livros e os republicasse, uma vez que já não existem livros novos para venda, apenas em segunda mão.
Foi feita a adaptação cinematográfica dividida em 3 filmes:
Título Original: "The Hobbit"
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