"Frankenstein" de Mary Shelley
Olá a todos!
Antes de mais, desejo a todos um 2019 muito feliz, cheio de saúde e com muitas leituras boas 😉
Finalmente arranjei um tempinho para vos falar sobre este livro, que li em Outubro/Novembro (What? Eu sei, eu sei... Sorry...)
Estava muito ansiosa para ler este livro e a expectativa era muito alta. Apesar de não ser do mesmo autor, na minha cabeça comparava-o com o "Drácula" de Bram Stocker, mas quando o li fiquei desiludida. A história está original, sem dúvida, mas há partes que não batem certo. Já vos explico melhor...
Resumidamente, a história começa a ser narrada através de cartas escritas pelo Capitão Walton à sua irmã. Walton está numa expedição pelo Pólo Norte quando encontra Victor Frankenstein, moribundo flutuando num bloco de gelo. A partir daqui Victor passa a narrar a sua história ao Capitão.
Frankenstein era um jovem prodígio da ciência. Queria ser fenomenal, ficar para a história e após muitos anos de estudo, decidiu criar um ser humano. Depois de dois anos de muito trabalho conseguiu terminar a sua grande façanha. Mas assim que lhe deu "vida", percebeu o erro que cometera. A criatura era feita com partes de cadáveres, gigante, horrenda, um monstro assustador e ele sentiu repulsa e horror perante aquele ser que acabara de criar. A criatura fugiu, e Victor entrou um estado febril durante vários meses.
A criatura cria o pânico nalgumas aldeias, até que se refugia na floresta. Aí, ao observar o quotidiano de uma família, aprende a falar e mais tarde a ler. Começa a sentir o desejo de ter uma família também e de se sentir amado. Aproxima-se da casa, quando o velho estava sozinho e, aproveitado-se do facto deste ser cego, consegue falar com ele. Mas os filhos assim que entram e vêem aquele monstro horrível, conseguem expulsá-lo da casa e fogem. A criatura, cheia de ódio pelo seu criador, decide vingar-se deste e começa a matar um a um os seus entes queridos. Victor, por sua vez, também quer vingar-se e persegue a criatura pelo Pólo Norte.
O livro termina com Victor morto no barco e a criatura a chorar a morte do seu criador. Esta promete ao Capitão Walton continuar para Norte e nunca mais importunar outro ser humano.
A história é repleta de sentimentos de vingança. Dei por mim com pena do monstro... Ele não pediu para ser criado, foi colocado no Mundo com um aspecto que causava a repulsa de todos, incluindo do seu próprio criador, sem outro ser igual a ele que o compreendesse e amasse. Entendem o significado disto?
Frankenstein foi o culpado da sua própria desgraça, não acham? Deu um tiro no próprio pé, cavou a sua sepultura... A sua ambição desmedida e o desejo de fazer algo nunca concretizado pelo Homem, fizeram com que a sua vida a partir daí fosse cheia de medo, ansiedade, sofrimento e vingança.
Isto dá-nos muito que pensar...
Depois houve uma situação ou outra que me deixou decepcionada. Afinal como é que Victor Frankenstein criou este monstro? E como é que o mostro aprende a falar e a ler apenas por observar, às escondidas, uma família? Na minha opinião, faltam aqui explicações e alguma coerência.
No geral achei a história bastante boa, mas não tanto como esperava... Leiam para tirar as vossas próprias conclusões e se quiserem comentem comigo a vossa opinião... 😉
Como sabem, houve diversas adaptações cinematográficas. Uma das mais conhecidas (e que deu o rosto que todos associamos ao monstro) foi a de 1931. Podem ver o trailer clicando aqui.
Mas a que mais gostei foi esta de 1994, apesar de ser uma aldrabice pegada (porque é que fazem sempre isto?).
👉 V E J A M 👈
E por hoje é só. Espero que tenham gostado. 😉
Boas Leituras! 😉
Até Breve,
Ana C.
Adoro a escrita de Shelly. Experimente ler os seus contos.
ResponderEliminarHei-de ler algo mais da autora, sim :) Obrigada pela dica.
Eliminar